| Entrevista com |
Tertúlia de Sá |
Dados Biográficos
" ... A poesia da Serra d’Arga está no desejo de poesia / Que fica depois da gente lá ter ido ..." (António Pedro, in Protopoema da Serra d'Arga, 1948)
Com uma geomorfologia própria que caracteriza a Serra d'Arga, à custa de uma rã ou um Deus, como diz o poema, foram os recortes da silhueta daquela paisagem, que caracterizaram o cenário de fundo de um grupo de bibliófilos que se reuniu no sopé da penedia, numa biblioteca privada formada no séc. XVII. Aqueles recortes montesinos, atrás da janela quadriculada da biblioteca, dialogam tão bem com as carreiras de livros que compôem as inúmeras prateleiras que os carregam e impulsionam fluxos de mútua simpatia bibliófila a quem ali se posiciona como actor deste palco. Desta vez foram seis elementos de distintas gerações, provenientes de diferentes geografias centro-nortenhas, que se reuniram em torno de um prazer absolutamente puro: o da partilha de um tipo de conhecimento adquirido à custa da bibliofilia. São eles, do mais ou menos jovem: Tomás Cunha (estudante universitário, 22 anos), Miguel Ayres de Campos Tovar (historiador de arte medieval, 38 anos), Francisco Brito (historiador e livreiro antiquário, 42 anos), Raúl Pereira (historiador de arte e leiloeiro, 44 anos), eu próprio e Mário Teixeira de Vasconcelos (aposentado e genealogista, 78 anos). O que se segue não é mais que uma amena cavaqueira.